A empresa produtora de material para construção Eternit (ETER3) e suas controladas entraram com pedido recuperação judicial em uma comarca da capital de São Paulo, em uma tentativa para preservar a continuidade de suas atividades em meio a restrições à produção de amianto, disse o grupo em fato relevante divulgado nesta terça-feira.

O pedido, que se soma a uma série de medidas administrativas e operacionais que já vinham sendo adotadas pela companhia, foi aprovado ad referendum pelo Conselho de Administração da Companhia em reunião realizada nesta segunda-feira.

“O pedido tem o intuito de atender ao melhor interesse de todas as sociedades que integram o Grupo Eternit, em especial: preservar a continuidade das atividades do Grupo Eternit e sua função social, com o cumprimento dos compromissos assumidos com seus clientes;  preservar, de forma organizada e responsável, os interesses e direitos de seus fornecedores, credores e acionistas; e proteger o caixa da companhia e das sociedades do seu grupo objetivando mitigar riscos operacionais”, afirmou a empresa.

Segundo a companhia, o pedido de Recuperação Judicial e os ajustes administrativos já realizados e ainda em processo de implementação se deveram, principalmente: a persistente deterioração dos fundamentos da economia, que afetaram drasticamente os setores de construção civil e louças sanitárias, justamente os mercados atendidos pelo Grupo Eternit, as discussões legais acerca da extração, industrialização, utilização, comercialização, transporte e exportação do amianto, que vêm impactando as operações do Grupo Eternit e limitando o acesso da companhia à concessão de novas linhas de crédito; e à queda na demanda e nos preços do amianto, nos mercados nacional e internacional, reduzindo a rentabilidade.

Comments

comments