Hoje faremos uma análise fundamentalista do fundo BCFF11. Este fundo possui uma carteira de FIIs listados, que representa 77% do PL total, sendo diversificada entre fundos de imóveis corporativos (44%), de CRI (17%), de varejo (14%), entre outros. O fundo ainda possui 5% do PL aplicados diretamente em CRI e 18% em ativos de renda fixa.

É um FII que ainda não atingiu todo seu potencial de distribuição, por conta dos seguintes fatores: 48% do capital levantado na sexta emissão ainda esta em caixa; queda no IGPM; vacância em alguns dos principais FIIs da carteira (BRCR e TBOF); período de carência do CEOC11.

BCFF11
Composição da carteira – Janeiro 18

Com base no preço da cota atual, o desconto sobre o valor patrimonial que já chegou a ser de 25%, foi reduzido para 5%, e o dividend yield está rodando em torno de 7,5%. Com a forte valorização que o fundo já atingiu, o potencial de valorização deste já se mostra menor, e o dividend yield está mais alinhado com a média dos fundos contidos no IFIX.

Ainda assim, o BCFF11 se mostra uma boa alternativa de investimento. Entre os motivos que sustentam a tese está a participação expressiva do fundo em ativos que negociam abaixo do valor intrínseco, como o TBOF11, BRCR11, HTMX11 e EDGA11, que somados representam mais de 25% do PL. Logo, mantida a tendência de recuperação econômica e melhor equilíbrio entre oferta e demanda no setor de lajes corporativas, o fundo poderá realizar lucros ao longo dos próximos anos, permitindo uma distribuição de proventos elevada e atrativa frente aos seus pares.

Logo o BCFF segue atrativo, a despeito da alta recente, unindo as vantagens da diversificação e potencial de valorização dentro de um único fundo. O fundo se mostra adequado também para aqueles que estão começando a investir nessa classe de ativos, mas que não podem adquirir uma ampla gama de FIIs. Enquanto a relação entre valor de mercado e patrimonial apresentar desconto, acredito que o fundo não esteja supervalorizado.

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