A PetroRio (PRIO3) informou que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) conferiu ontem vigência e eficácia ao termo aditivo ao contrato de concessão relativo à cessão dos direitos (farm-in) do Campo de Tubarão Martelo (TBMT).

“Com esta deliberação, a PetroRio passa a ser a operadora do Campo, com participação de 80%. A aquisição gera sinergias significativas entre Polvo e TBMT, reduções do lifting cost e extensão da vida econômica dos campos até 2035. A conclusão da aquisição permitirá a interligação (“tieback”) entre os campos, simplificando o sistema de produção e criando um polo produtor na Bacia de Campos”, explicou a empresa em comunicado.

Segundo a petroleira, com a cessão da operação à PetroRio, os custos dos dois campos agregados, que em 2019 ultrapassaram US$ 200 milhões por ano (US$ 100 milhões de Polvo + US$ 100 milhões de TBMT), serão reduzidos para aproximadamente US$ 120 milhões.

Após o tieback, a companhia estima que os custos operacionais combinados do novo polo Polvo + TBMT serão reduzidos a menos de US$ 80 milhões por ano, como resultado das sinergias aéreas, marítimas e terrestres e o descomissionamento do FPSO atualmente arrendado a Polvo. “Até que seja concluído o tieback, a PetroRio terá direito a 80% do óleo comercializado por TBMT e será responsável por 100% do arrendamento (“Charter”) do FPSO, Opex, Capex e abandono do campo. Nesta primeira fase a PetroRio terá, como ressarcimento por parte da Dommo Energia (“Dommo”), uma taxa de US$ 840mil por mês”, afirmou.

Após a conclusão do tieback, estimada para meados de 2021, a PetroRio continuará responsável por 100% dos custos delineados acima, porém, sem o ressarcimento da Dommo. Nesta nova fase, a PetroRio terá o direito sobre 95% do óleo do polo Polvo + TBMT até os primeiros 30 milhões de barris, e 96% do óleo do polo após 30 milhões de barris produzidos.

A companhia calcula que o Capex para o tieback entre Polvo e TBMT seja de cerca de US$ 45 milhões, grande parte a ser despendido ao longo do primeiro semestre de 2021.

A PetroRio informou que pretende aproveitar a ocasião da conexão de Polvo ao FPSO OSX-3, para realizar investimento para a conexão do poço TBMT-10H-RJS, o que a companhia estima poderá custar entre US$ 20 milhões e US$ 25 milhões.

O campo de TBMT alcançou seu pico de produção em 2014, atingindo 14.000 barris de óleo por dia.

“Desde que iniciou a produção de TBMT, a Dommo, como operadora do ativo, manteve altos índices de eficiência operacional, segurança e resiliência em períodos de baixo preço do óleo tipo Brent. A companhia acredita que a Dommo será um importante aliado quando o sistema único de produção for instalado e operado pela PetroRio”, destacou a petroleira.

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