IRB reportou um prejuízo de R$ 1,52 bi em 2020. No ano de 2019 a companhia havia reportado um lucro líquido de R$ 1,21 bilhão em 2019.
No 4T20 a companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 620,2 milhões, comparado a um lucro líquido de R$654,4 milhões no 4T19.
Segundo a empresa, o resultado líquido em 2020 foi negativamente impactado principalmente por:
-Negócios Descontinuado – Run-off: -R$ 589,2 milhões;
-Impacto operações de LPT (Loss Portfolio Transfer): -R$28,4 milhões em dez/20;
-Maior provisionamento da carteira de vida internacional em out/20: -R$ 80,5 milhões;
-Acordo Eletronorte: impacto de -R$52,3 milhões referente a perda registrada no acordo de ressarcimento com a Eletronorte; e
-Baixa Créditos Tributários de Londres em dez/20: -R$ 335,9 milhões.
Em 2020, o resultado financeiro e patrimonial foi de R$125,2 milhões, o que representou redução de 86,6% em relação ao ano anterior. Segundo a empresa, a queda do resultado financeiro no ano foi, primordialmente, decorrente da redução expressiva das taxas de juros.
Em 2020, o sinistro retido total foi de R$ 5.812,4 milhões, crescimento de 55% em relação ao mesmo período de 2019.
O índice de sinistralidade total apresentou aumento de 35,9 p.p, ante ao mesmo período do ano anterior, saindo de 66,4% para 102,3%.
Segundo o IRB, o aumento no sinistro retido no ano de 2020 pode ser explicado pelo seguintes fatores: contratos subscritos em anos anteriores que visavam apenas ao crescimento, sem foco nas margens; contratos que, em razão do cenário pandêmico, apresentaram maior celeridade no processo de atualização de reservas para alguns sinistros vultosos; ajustes cambiais dos sinistros em moeda estrangeira em decorrência do cenário de desvalorização do real frente ao dólar.
Em 2020, as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 313,0 milhões, incremento de 2,7% em relação a 2019 (R$ 304,8 milhões), decorrentes de despesas jurídicas e de auditoria externa. “Apesar do aumento nas despesas gerais e administrativas, o índice das despesas gerais e administrativas ficou estável em 5,5% em relação a 2019, reforçando a eficiência administrativa da companhia”, afirmou o IRB.
