Partido de Bolsonaro descarta privatização da Petrobras no curto prazo, mas não descarta essa possibilidade mais para frente, após um processo de saneamento geral da estatal, disse o presidente do PSL, Gustavo Bebianno.

Segundo ele, o processo de saneamento da Petrobras no curto prazo passa obrigatoriamente por extirpar definitivamente da estatal integrantes do PT, MDB e outros grupos que desviaram bilhões de reais da estatal, no que foi conhecido como escândalo do petrolão.

“Não se pode mexer na Petrobras, que é um patrimônio brasileiro e precisa ser tratada como tal”, disse Bebianno à Reuters. “A empresa precisa ser revitalizada, tem que tirar a petralhada toda de lá, tirar o pessoal do MDB de lá e aí pode ser que um dia a gente pense em privatização, mais para frente.”

Ao ser questionado se após esse processo de saneamento ser implantado estaria aberto o caminho para uma privatização no médio prazo, Bebianno disse que sim, “mas muito mais para frente”.

Um dos pilares da campanha de Bolsonaro, o economista Paulo Guedes se tornou alvo de investigação do Ministério Público Federal do Distrito Federal por supostas fraudes em operações com fundos de pensão de empresas estatais. Bebianno minimizou o caso e disse que o bombardeio dos opositores já era esperado diante da força que Bolsonaro mostrou nas urnas.

“O Paulo Guedes continua firme (conosco)”, disse Bebianno. “Vão tentar nos abalar mas não vão conseguir. É óbvio que… vão continuar batendo”, acrescentou.

Bebianno revelou na entrevista que o grupo de Bolsonaro já teria definido cerca de 40 nomes para a área econômica do eventual governo. Entre os escolhidos estariam nomes para as principais empresas públicas do governo como Petrobras, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Ele, no entanto, não quis revelar os nomes.

“Na área econômica já temos 40 nomes que já são do grupo… só posso falar do Paulo Guedes”, disse ele.

Sobre a reforma da Previdência, Bebianno declarou que o assunto está sendo tratado por Guedes.

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