Hoje daremos continuidade na segunda parte sobre diversificação de investimentos. E uma boa diversificação seria usar uma técnica visando redução de riscos através de alocações em diferentes investimentos, que podem ser em setores, classes ou categorias distintas. Resolvemos dividir este texto em duas partes, sendo que nesta segunda iremos abordar a seleção individual de ações, visando uma melhor diversificação.

– Diversificação, porque fazer?

Em setembro de 2012, a então presidente Dilma aprovou a medida provisória 579, prometendo uma redução em média de 20% na tarifa de energia para os brasileiros. Porém esta medida foi um desastre, causou incertezas para o setor, e levou as empresas do setor a fortes quedas. O que veio depois foi uma sucessão de ações do governo na tentativa de corrigir seu erro. Mais de 40 medidas, entre portarias, regulamentações e decretos, foram editadas pelo governo depois da MP 579 para tentar reequilibrar as finanças do setor elétrico. Isto demonstra como é importante diversificar em ações, pois uma carteira concentrada em ações do setor elétrico teria sofrido uma queda forte na rentabilidade com esta medida.

– Tipos diferentes de diversificação

Dentro do universo de ações, temos tipos de diversificações que podemos utilizar visando diminuir o risco. Uma delas seria o foco da empresa, que pode ser em Valor (empresas com indicadores muito descontados), em Crescimento (empresas com bom histórico de evolução nos números) e Dividendos (empresas com bom histórico de dividendo e alto DY). Outro tipo de diversificação seria a setorial, onde se evita a concentração em um único setor, escolhendo empresas de diferentes setores.

– Métodos para diversificação em ações

Um dos métodos que considero mais atrativos é o do Joel Greenblatt. Ele instituiu uma formula com base em indicadores das empresas, e depois disso classifica estas em ordem de atratividade, montando um ranking. E foi exatamente este método que adotamos na nossa plataforma da PenseRico. Nela as empresas exibidas estão classificadas de forma decrescente de atratividade. Esta metodologia do Greenblatt tem se mostrado muito lucrativa no longo prazo, como fica evidente no gráfico abaixo:Retornos de Investimentos

– O quanto diversificar

Com base nisso, uma carteira bem diversificada poderia ter uma boa distribuição setorial, escolhendo pelo menos 4 setores diferentes para se investir, além de escolher ações com focos diferentes. Abaixo vou dar um exemplo, usando como base a elaboração de uma carteira com 6 ações, que debatemos na primeira parte do artigo:

– ABCB4, setor financeiro, foco em valor
– TAEE11, setor elétrico, foco em dividendos
– GRND3, setor de calçados, foco em crescimento
– ITSA4, setor financeiro, foco em valor
– VIVT4, setor de telefonia, foco em dividendos
– EZTC3, setor de imóveis, foco em crescimento

Este é apenas um exemplo de elaboração de uma carteira bem diversificada. O investidor dve ter em mente que depois de montada sua carteira, o acompanhamento deve ser frequente, pois novos fatos podem surgir mudando a dinâmica de um setor ou empresa.

Leia também a primeira parte deste arquivo: Diversificação de investimentos – Parte 1

 

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